quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Renault Mègane III (Welly)

Quando foi lançado em 1996, o Mègane substituiu o anacrônico Renault 19. Pra isso, introduziu um design de cantos curvos, linhas arredondadas e um conceito novo de carroceria monovolume (com o Scénic).

Com o avanço da concorrência, a Renault remodelou o Mègane em sua segunda geração mirando no seu carro-conceito Avantime. O design do hatch era pouco ortodoxo, tinha uma mistura de linhas retas com ângulos e uma traseira com um desenho bem peculiar, pra não dizer estranho à primeira vista. No Brasil, somente as carrocerias sedã e perua (Grand Tour) é que foram fabricadas por aqui. O conversível chegou a ser importado, mas vendeu pouco devido ao preço ser um tanto proibitivo. A carroceria de dois volumes (hatch) chegou a ser testada por aqui, mas o visual estranho foi um dos empecilhos.

Na terceira geração, apresentada em 2009 na Europa e reproduzida pela Welly na escala 1/24 (com alto nível de detalhes, acabamento, recorte de peças e pintura) na sua versão mais comercializada (o hatch, dois volumes). O Mègane atualmente exibe um design agradável aos olhos, mais sóbrio, bonito e elegante, que agrada a todas as categorias de consumidores. A ousadia do desenho fica por conta da dianteira, com o capô de linhas curvas e vincos fortes, ostentando a logomarca da Renault bem ao centro e com ausência de uma grade dianteira, como se o para-choque e o capô formassem uma única peça. O Fluence (carroceria sedã inspirada no Mègane) possui portas dianteiras, painel e rodas semelhantes ao Mègane III, mas sua plataforma é de origem coreana (do Samsung SM5). Por enquanto, a Renault não demonstrou intenções de comercializar o Mègane III por aqui.















domingo, 10 de novembro de 2013

Volkswagen Golf V (Welly)

O Golf é o produto de maior sucesso comercial da Volkswagen desde o Fusca. Na Alemanha, é o carro mais vendido há décadas e há pouco tempo conseguiu o recorde de ultrapassar o Fusca em vendas. Por aqui foi primeiramente importado do México em 1994, para depois ser produzido aqui em 1999.

Depois de mais de dez anos de produção do Golf de quarta geração (Golf IV) aqui no Brasil, a Volkswagen decidiu trazer da Alemanha o Golf VII, incluindo o Brasil na sintonia comercial do modelo no mundo todo.

Quando começou a ser fabricado aqui em 1999 (dividindo a linha de montagem com o Audi A3), o Golf vendido aqui era o mesmo vendido na Europa, Estados Unidos e outros países como Canadá. Tal sintonia foi até o ano de 2002, já que o Golf estava prestes a ter uma nova geração. Em razão do bom volume de vendas do Golf por aqui, a filial brasileira apenas tentou atualizar o design do Golf IV, já que a nova geração era mais sofisticada e sua produção por aqui seria inviável.

Nesse período de tempo, lá fora o Golf passou por três reformulações: o Golf V, o Golf VI e o Golf VII. O Golf da quinta geração é um grande salto de qualidade em relação ao da quarta geração: possuía peças de carroceria moduladas (se a porta tinha um amassado na parte inferior, não era necessário trocar a porta toda, apenas a parte afetada), 70 metros de soldas a laser na carroceria (o de quarta geração tinha apenas 5 metros dessa solda na carroceria toda), todos os motores eram equipados com injeção estratificada de combustível e sua rigidez torcional era muito maior que no modelo de quarta geração.

Foi exatamente por estes motivos que a Volkswagen logo aposentou a quinta geração do Golf: sua produção era muito complexa, seu preço era mais alto e as vendas não aumentaram em relação ao Golf de quarta geração. Mesmo assim, a diferença de qualidade entre o Golf V e o Golf IV é flagrante, e a fábrica de São José dos Pinhais (PR) jamais produziria o Golf V sem antes um grande investimento.

É esse o modelo reproduzido pela Welly, na escala 1/24. O nível de detalhes é grande, a fidelidade idem. A miniatura reproduz com exatidão o design do carro, das rodas, o recorte das portas, lanternas e faróis, assim como o motor e o interior.












terça-feira, 5 de novembro de 2013

Audi A3 (Minichamps)

Depois que a Audi se estabeleceu no Brasil, a concorrência que ela encontrava na Europa também estava presente por aqui. A BMW havia lançado o modelo Compact, nada mais era que um série 3 com a traseira cortada e com três portas. Como até então a Mercedes-Benz não havia apresentado nenhum modelo com carroceria semelhante e o Compact não era tão atraente quanto os outros BMW, a Audi surpreendeu quando lançou um carro de carroceria hatch em 1996. Era a primeira geração do A3 (código de projeto 8L).



A plataforma monobloco usada no A3 era nomeada pela fábrica de PQ34. Tal plataforma foi usada primeiro no Audi A3 e depois foi sendo aplicada pelas outras marcas integrantes do Grupo Volkswagen: o Golf de quarta geração (Golf IV ou Golf Mk4), o Skoda Octavia, o Volkswagen Bora, o Volkswagen New Beetle e por último, o Audi TT. Uma só plataforma pode dar origem a diversos modelos de diferentes desenhos de carroceria, preservando a arquitetura mecânica.



Foi graças à compatibilidade mecânica que tanto o Audi A3 como o Volkswagen Golf de quarta geração foram fabricados no Brasil (o Audi era praticamente montado aqui, quase que no esquema CKD, pois quase todos os seus componentes vinham da Alemanha), na fábrica construída em São José dos Pinhais (PR). Como ambos tinham a mesma plataforma e diversos componentes mecânicos em comum, o Audi A3 dividiu a linha de montagem com o Golf por seis anos, de 2000 a 2006, quando aquele deixou de ser produzido aqui. Na Europa, a segunda geração do Audi A3 já estava nas ruas desde 2002. Passou a ser importado pra cá logo depois, em carrocerias de duas e quatro portas (Sportback).



O Audi A3 foi febre comercial no Brasil entre meados dos anos 90 e nos primeiros cinco anos dos anos 2000. Todos queriam ter um, tornou-se símbolo de luxo e status, agradava a todas as faixas etárias e entre dez pessoas, nove desejavam ter um. Os motivos eram muitos: acabamento requintado e luxuoso, qualidade de construção, mecânica robusta, potência de sobra (nos motores turbinados, de 150 e 180 cv) e um design moderno e marcante. Mesmo depois de tantos anos, o Audi A3 ainda chama atenção nas ruas pelo seu belo design atemporal, que ainda parece moderno mesmo diante de modelos recentes e atuais.


A Minichamps reproduziu com riqueza de detalhes o A3 da primeira geração já com o pequeno face-lift (que mudou grade dianteira, faróis e lanternas), com motorização 1.9 TDI (turbodiesel, não disponível no Brasil). A pintura e muitos detalhes (como os faróis) chamam a atenção pela fidelíssima reprodução.








domingo, 3 de novembro de 2013

Mercedes-Benz SLK 230 Kompressor (Maisto)

Os carros conversíveis são charmosíssimos, não é à toa que a imagem de um carro conversível esteja sempre ligada a belas paisagens, aos dias ensolarados e a determinados lugares como praias e estradas com vistas deslumbrantes.

Até meados dos anos 90 o Brasil fabricava apenas dois modelos conversíveis: Ford Escort XR3 e Chevrolet Kadett GSi. Saíram de produção antes do previsto, pois além da baixa demanda (seus preços eram o dobro das versões fechadas) o processo de produção de ambos era pra lá de trabalhosa: enquanto a carroceria do Kadett era levada até o estúdio da Bertone na Itália (para montagem da capota), a carroceria conversível do Escort era produzida não pela Ford, mas pela Karmann. Ambos retornavam à linha de montagem de suas respectivas montadoras para receber o trem de força (motor e câmbio) e acabamento final.

Nessa mesma época, todos os conversíveis tinham capota de lona preta à prova de fogo (chamados mundialmente de "soft top"). Alguns tinham a opção de capota de fibra (chamada "hard top") para colocar no lugar da de lona, mas tal operação era difícil e com o tempo, os encaixes se desgastavam. Além disso, as carrocerias conversíveis perdiam muita rigidez torcional com a ausência da estrutura metálica do teto. Foi aí que a Mercedes-Benz apresentou um conversível com capota metálica de recolhimento e abertura totalmente elétricos. Surgiu assim a Classe SLK.

O nome vem do alemão que significa esportivo, leve e compacto. Nele, somente duas pessoas podem desfrutar da paisagem que o conversível proporciona. Sua rigidez torcional era quase a mesma de um similar com a carroceria fechada. O SLK introduziu o conceito de capota elétrica de metal para montagem em série, fazendo com que outros modelos viessem com o mesmo conceito como a segunda geração do Volvo C70, o Volkswagen Eos e o Peugeot 206 CC. Lançado em 1996, o SLK não demorou a ter concorrentes como o BMW Z3 e o Audi TT, embora estes dois últimos não tivessem opção de capota de metal elétrica.

A Maisto reproduziu em escala 1/18 o SLK 230 Kompressor, equipado com um motor quatro cilindros em linha, tração traseira e compressor mecânico ao invés de turbocompressor. Bem detalhada e com uma pintura fiel ao tom prata original, a miniatura também reproduz o mecanismo de abertura e recolhimento da capota rígida.